O André hoje levou 3 vacinas, mas foi um valente e chorou só um bocadinho.
Regra geral, os enfermeiros que dão as vacinas (estão sempre duas pessoas; ou duas mulheres, ou um homem e uma mulher), estão com cara de frete, são pouco faladores, e a vocação deles é mais para talhantes do que para enfermeiros que têm que lidar com crianças (e com as mães das mesmas... ).
Hoje estavam lá uma mulher e um homem (o homem é sempre o mesmo). Quando eu entrei estava também uma enfermeira da Saúde Materna/Planeamento Familiar (que até é simpática), e estavam a falar de horas extraordinárias e, dizia a enfermeira das vacinas, "eu faço, se ela mas pagar eu faço".
A enfermeira da Saúde Materna veio meter-se com o André e começou a falar com a enfermeira das vacinas sobre crianças, e disse a estúpida: "Eu filhos??? Deus me livre, não tenho paciência para aturar criancinhas..."
Ora a mim, aquilo caiu-me muito mal, especialmente porque o meu bebé estava prestes a apanhar com 3 "picas" de seguida. Há coisas que até se podem pensar, mas não se dizem. Especialmente em frente aos utentes do Centro de Saúde (que é o do Estoril; que aliás é em S. João). Digam lá que esta senhora não estava bem era a cortar bifes? (atenção, que não estou aqui a desfazer do trabalho dos talhantes, que tem a sua arte, a qual eu aprecio bastante já que sou fã do belo bife com natas e batatas fritas).
O que vale é que quem deu as vacinas ao miúdo foi o enfermeiro, que apesar de não ser simpático, não disse nenhuma idiotice e a julgar pelo pouco choro do André, fez um trabalho bem feito.
Agora o pirralho só lá volta daqui a 9 meses. "Graçás à Deus, né?"
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